Trazendo pra cá assuntos que já foram discutidos em outros lugares. A questão principal é se o conceito de “living street” deve ser totalmente evitado no Brasil, ou só usado quando há sinalização indicativa, ou se pode ser usado em casos em que a prática se aproxima do conceito, ou se precisamos de um novo conceito pra esses casos.
Contextualizando, há pouco tempo foi anunciada a primeira intenção de implantar esse conceito no Brasil. Esse anúncio teve bastante influência na forma com que traduzimos esse termo no OSM: via de espaço compartilhado.
De que forma o wiki do OSM define essas ruas (traduzindo): “geralmente têm limites de velocidade inferiores e regras especiais para tráfego e estacionamento ao se comparar com vias com a etiqueta highway=residential”.
Alguma luz sobre como as pessoas lá fora encaram esse tipo de via pode estar na página de discussão do mesmo artigo, onde alguns dos que discordaram sobre a proposta disseram estar satisfeitos em usar a seguinte combinação de tags pra expressar a mesma coisa: highway=pedestrian + motorcar=yes/destination + maxspeed=7. Interessante notar o “destination”, dando a entender que não são boas ruas de passagem pros veículos.
O artigo no OSM aponta logo no começo para a Wikipédia em inglês, que, entre outras coisas, diz (hoje, dia 25/02/2014):
Veja também que a maioria das placas usadas pra sinalizar essas ruas sempre apresenta um veículo no fundo, e na frente uma criança brincando e um adulto (que talvez esteja brincando com a criança, ou só andando pela rua), ambos na frente de uma casa (sugerindo uma área residencial).
Existe bastante variação visual no aspecto dessas ruas mesmo dentro de um mesmo país. Alguns exemplos que eu consegui achar:
- na Holanda (onde surgiu o conceito)
- na Dinamarca
- na Suécia
- na Alemanha
- na Suíça
- na Polônia
- na Inglaterra
- na França
- na Austrália
- no Japão
- na Rússia
- na Hungria
- na Finlândia
E no Brasil?
Conheço dois casos que se aproximam:
-
Avenidas Oceânica e Sete de Setembro em Salvador: costumava ter uma placa na esquina com a rua Barão de Itapuã
Em ambos, a placa indica que carros e ciclistas compartilham a pista e que pedestres andam na calçada. Isso, a princípio, vale pra qualquer quase todas as ruas no país, independente de uma designação especial. Mas em Salvador, não há meio-fio, que é como as vias de espaço compartilhado são projetadas em outros países.